segunda-feira, novembro 28, 2005

De dentro da caixa

A imensidão em centímetros. Um ponto de encontro que a todos leva e a todos mata. Naquele instante não havia encontro. “Bom dia”. E pronto.

Juntos somos levados, juntos sufocados, as cabeças baixas, os olhares tensos, os sorrisos pela metade, por estar tão perto, por estar tão longe. Mais um “bom dia”. Não há sentido. É morto. É mentira. É longe.


Vazio. As almas, congeladas, transbordam a aflição da distância na mesma agonia que elevam a dor de estar próximo e não saber a dor do próximo. De estar longe e não saber o quão longe. De estar sem estar.

E no frio seguimos, até o fim, “até logo”, até o próximo encontro. Com o grande desencontro entre nós e nós mesmos.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Ternura

O quebra-cabeça não forma figura...
E tudo que quer você não segura...
A luz do seu sonho jamais será pura...



Misture-a à vida e crie a pintura!
Recorte essa tela, seja a censura!
Viva e componha sua própria figura!

sexta-feira, novembro 04, 2005

O mesmo lado de duas moedas...



Eu e você...

Estávamos dormindo... Acordamos... Em um segundo as perguntas, as amarguraras, a esperança, a rendição, o cuidado, o maltrato... Escolhas... Caminhos que se bifurcam o tempo inteiro como uma raíz que cresce na velocidade do tempo onde somos o fluido vital que inunda de uma vez, sem volta, sem dó, sem...... escolha....

A velocidade do tempo... A velocidade... O tempo... Se anda tão rápido e o tempo, o tempo tão devagar... Se anda tão rápido para o tempo não passar tão rápido, para o tempo andar mais rápido... Aí se anda mais devagar... Porque onde queremos chegar? Antes do tempo? Um pouco mais tarde que o tempo? Só pra não perder...... tempo...

Eu e você...